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Lembro como se fosse hoje, estava desmotivado e assim que terminou a reunião fui direto para a minha mesa finalizar algumas tarefas, comecei a ler meus e-mails e tive a sensação de que eu ia morrer, fiquei gelado, meu coração disparou e minha concentração desapareceu, tudo o que eu queria naquele momento era fugir, sumir, sei lá… Será que isto é depressão?
Esta história poderia ser minha, mas pesquisando na internet não é difícil de encontrar relatos como este acima, basta procurar no Google as seguintes palavras: Síndrome do Pânico ou Depressão.
Trabalhei por muito tempo no mundo corporativo e sei muito bem como que é a pressão do dia a dia, ainda mais na área comercial (onde eu sempre trabalhei), o final do mês é igual uma bomba relógio, os dias úteis vão terminando e nem sempre a meta de vendas acompanha o calendário, isto gera muito estresse. Confesso que já tive momentos parecidos com o relato acima e também conheci algumas pessoas que foram afastadas do trabalho em função do alto nível de estresse.
Dê uma olhada nos tópicos abaixo e responda, você já sentiu alguns destes sintomas?
- Irritabilidade, ansiedade e angústia
- Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
- Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
- Desinteresse, falta de motivação e apatia
- Falta de vontade e indecisão
- Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
- Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
- A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
- Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e o seu mundo
- Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
- Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
- Perda ou aumento do apetite e do peso
- Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
- Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
Segundo o site Minha Vida, os sintomas acima estão relacionados com a depressão. Todos nós estamos sujeitos a sofrer de depressão, porém algumas profissões oferecem um maior risco por serem consideradas extremamente estressantes. A revista Exame divulgou uma pesquisa da “Career Cast” onde identificou as 10 profissões mais estressantes:
- Militar;
- Bombeiro;
- Piloto de Avião;
- Policial;
- Coordenador de Eventos;
- Executivos de Relações Públicas;
- Executivo Corporativo;
- Apresentador de TV/Rádio;
- Repórter de Jornal;
- Taxista.
Eu acrescentaria Advogado, pois trabalho em um escritório de advocacia e acompanho de perto os prazos, as pressões, ou seja, a loucura do dia a dia. Obviamente que esta lista não é absoluta, acredito que existam muitas profissões tão estressantes como as acima listadas.
Qual a sua? (escreva nos comentários)
Esta questão deve receber extrema atenção, pois de acordo com a Organização mundial da Saúde (OMS), até 2020 a depressão passará da quarta para a segunda colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. (Além dos impactos nas pessoas, você já imaginou o impacto que isto pode causar para a economia?). Isto é muito sério.
Isto tem cura Doutor?
Esta é uma pergunta muito interessante, pois atualmente temos pílulas que “teoricamente” resolvem todos os nossos problemas e assim a indústria farmacêutica lucra cada dia mais. O que quase ninguém fala é que a depressão e outras doenças mentais podem ser tratadas através da atividade física…Isto mesmo, ATIVIDADE FÍSICA!
O Dr. John J. Ratey, professor de psiquiatria na Harvard Medical School, diz que não usamos a palavra cura, pois só temos medidas subjetivas, porém ele afirma que atividades aeróbicas são as mais poderosas que temos para otimizar a atividade cerebral e consequentemente minimizar ou até mesmo eliminar os sintomas acima citados.
Tem algum corredor por aqui?
Em minha opinião a corrida é um dos exercícios mais simples de praticar, pois basta uma camiseta, um “short” e um par de tênis, pronto, qualquer lugar pode se tornar sua academia. Não gosta de corrida? Não faz mal, basta encontrar um esporte aeróbico de sua preferência, bike, tênis, artes marciais, etc. O importante é a frequência, ou seja, não adianta fazer um dia por semana, o ideal é praticar todos os dias.
Se você tiver interesse em se aprofundar mais sobre este assunto, sugiro fortemente o livro Corpo Ativo, Mente Desperta, lá o Dr. Ratey explica em detalhes o impacto da atividade física em nossa saúde mental.
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Abraço,